Resumo
O ensaio relaciona o extrativismo, como modo de produção capitalista, com o fenômeno dos incêndios florestais. Desde uma perspectiva intercultural, são analisadas as dinâmicas sócio-históricas ocorridas nos territórios Llaima e Icalma, que compartilham a reserva florestal “China Muerta”, e que incluem parte das comunas de Lonquimay, Melipeuco e Cunco, região da Araucanía. Da análise de diversas fontes conclui-se que se trata de um território marcado por uma história de violência sistemática contra aqueles que habitaram a área de estudo - e que reflecte o nome da reserva -, o que está directamente relacionado com o colonialismo expresso em lógicas e práticas extrativistas que incluem o uso do fogo. Numa perspectiva intercultural e decolonial, reconhece-se a existência de uma territorialidade Mapuche-Pewenche em torno da reserva natural “China Muerta”, o que permite a ressignificação deste espaço, necessária para curar as feridas do colonialismo.
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Copyright (c) 2025 Noelia Figueroa Burdiles, Pablo Marimán Quemenado