Resumo
O artigo apresenta uma revisão sistemática de estudos sobre a experiência laboral de mulheres investigadoras e/ou professoras universitárias no México, indagando sobre as lacunas de género que enfrentam e as transformações que promoveram nas últimas quatro décadas. O objetivo é oferecer um panorama qualitativo das desigualdades e violências de género no campo científico-universitário do país. A discussão começa contextualizando a inserção das mulheres nas universidades mexicanas até os anos oitenta. Em seguida, são analisados os anos noventa: um período contraditório de afirmação das políticas neoliberais e de institucionalização dos estudos de género. A primeira década do século XXI também é resumida, sendo caracterizada por uma maior presença de mulheres no corpo académico e pela precariedade do seu trabalho. Para o período 2010-2024, o texto analisa a persistência das desigualdades de género e o ativismo das mulheres académicas e estudantes. Nas considerações finais, discute-se o carácter sistémico do androcentrismo nas universidades e nas ciências mexicanas.

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Copyright (c) 2025 Isabel Araya, Menara Guizardi